quinta-feira, 3 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012


PREVENIR E EXIGIR

O SEU CAMINHO PARA SEGURANÇA




É preciso que os líderes façam pela sociedade e pelas pessoas o que a primavera faz pelas flores”.

Pablo Neruda


O Problema e sua Importância

A violência tem amplo campo para progredir no mundo devido aos seguintes aspectos: miséria social, drogas, consumismo estimulado pela mídia, facilidade de obtenção de armas, organização do Sistema de Segurança Pública, legislação defasada e complacente, Estatuto da Criança e maioridade penal inadequados à realidade etc.

Todos estes fatores contribuem para a nefasta sensação de impunidade.

Com a segurança das instalações financeiras melhorando dia-a-dia, os carros de transporte de valores sendo repotencializados e tornando-se mais resistentes a impactos balísticos e os veículos de transporte de carga sendo monitorados por satélite, possibilitando pronta resposta a ações agressivas, os marginais acabam por atentarem contra as pessoas, explorando exatamente a fragilidade e a dificuldade que cada cidadão tem para se proteger.

A violência é o principal problema.

As crises economicas, entretanto, o alto índice de corrupção em todos os níveis, a péssima distribuição de renda, além da inexistência ou omissão do Estado nas áreas de Educação, Saúde e Habitação, geram conseqüências tais como o desemprego, desagregação familiar, menores abandonados, ou ocupações irregulares, alcoolismo, drogas, etc.

Com o clamor público por mais segurança, aparecem teses simplistas de colocação de mais polícia nas ruas, o que é cômodo, pois anestesia os ânimos da população, dá votos e não soluciona o problema.

É necessário que se analise o problema de forma sistêmica e se aponte soluções que sejam de fato exeqüíveis, lógicas, legais e técnicas.

As taxas de criminalidade nos EUA continuam caindo ano a ano num percentual de 11% ao ano segundo o FBI. Para os especialistas, a redução nas taxas de criminalidade está diretamente ligada a uma nova política criminológica, que dá ênfase à proteção do indivíduo, ressaltando os interesses da vítima. E deixa de lado uma concepção antiga, que imagina o crime como mero fruto das desigualdades econômicas.

COMO APRENDER A SE PREVENIR

1ª fase: Tomada de consciência: é preciso que cada cidadão tenha a real consciência do problema da criminalidade e o risco que corre. As próprias estatísticas criminais e o tenebroso noticiário da imprensa ajudam a despertar para o problema.

2ª fase: Mudança de comportamento: um dos conceitos de Educação é “Educar é mudar comportamento”. Em segurança, ele é perfeito. Ter consciência é importante, mas mais ainda é mudar as atitudes. De nada adianta ter consciência e continuar praticando os mesmos erros e se expondo aos mesmos riscos.

3ª fase: Tomada de atitude: faça um levantamento de tudo que possa representar risco a você e aos seus e comece a adotar medidas preventivas.


MEDIDAS GENÉRICAS E BÁSICAS DE PREVENÇÃO

FAÇA O ÓBVIO!!!

Não é necessário que um especialista de Segurança Europeu ou Americano lhe traga soluções hollywoodianas. Adote atitudes coerentes. “Pense dentro do sapato do marginal”: se eu fosse atacar uma vítima nesta situação, como faria? Suas respostas serão óbvias. Mas, em matéria de segurança, quem pratica o óbvio terá mais chances...

-Diminua os atrativos aos criminosos

- Diminua o volume de sua carteira:

- Documento: só o imprescindível.

- Cartão de Crédito: um só e escondido entre os cartões pessoais ou no porta documentos do veículo, que também não devem ser os originais.

- Cartão de Banco: evitar portá-lo e, se o fizer, que também seja escondido e não na carteira.

Evite os chamados “Pontos Negros”

Caso more, trabalhe ou necessariamente tenha que passar por tais locais, redobre a vigilância, não porte jóias ou relógios que despertem a atenção, ande com os vidros do carro fechados, olhos atentos a todo o ambiente.

Segurança 100% não existe. É impossível neutralizar totalmente a violência, mas é possível minimizar seus efeitos.

É necessário, no mundo moderno, aprender a enxergar como policial. As mesmas lições que se ensinam nas Academias Policiais para identificar tipos e comportamentos criminais ou mesmos suspeitos:

- Pense dentro do sapato do criminoso: "se eu fosse bandido nessa situação agiria assim" - você aprenderá a identificar os momentos em que fica mais vulnerável.

- Aprenda a antever situações - enxergue longe, desconfie de situações aparentemente corriqueiras.

"se você ver uma pessoa duas vezes no trânsito não pense: "que coincidência". Pense: "esse cara está me seguindo".

- Preste mais atenção às mãos das pessoas. Se estão ocultas, se portando volumes, pacotes, etc.

- Analise a roupa das pessoas e o ambiente, não sob a ótica de um estilista, mas de alguém preocupado com a própria segurança. Roupas de frio em dias quentes, por exemplo pode ser apenas um facilitador para ocultar armas.

- No trânsito, eduque-se a observar os veículos, não como apreciador, mas com "Olhos de Policial": carro novo x placa velha, placa velha x carro novo, ausência de lacre ou plaqueta, veículo sem placas; se motocicletas, atenção para motos com duas pessoas, principalmente se o garupa estiver SEM capacete, (isto facilita a abordagem de pessoas em automóveis com a tomada do veículo ou mesmo seqüestro.Observe se há chave na ignição da moto.

- Não se coloque em situações de risco desnecessariamente. Parar em caixa eletrônicos à noite só em caso de extrema necessidade. Se estiver com familiares no carro, principalmente crianças NUNCA.

- Ao parar em postos de gasolina, principalmente em estradas, jamais abandonar crianças e mulheres no carro enquanto se afasta.

Lembre-se: o marginal está sempre à espreita de vítimas frágeis. Demonstre estar atento a tudo. Não se torne um alvo fácil. Pense e enxergue como um policial.

Condutas Preventivas geram tranqüilidade.

Cocaína que passa por Cabo Verde financia terrorismo

Cocaína que passa por Cabo Verde financia terrorismo

Parte da cocaína que passa por Cabo Verde com destino à Europa estará a ser utrilizada para financiar actividades terroristas, afirma um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, dos EUA. O documento, divulgado semana passada, coloca, entretanto, maior enfoque na Guiné-Bissau, o primeiro narco-estado da África Ocidental.

Cocaína que passa por Cabo Verde financia terrorismo
Um estudo do Instituto Internacional de Estutos Estratégicos, sedeado nos Estados Unidos, conlcluiu que boa parte da droga que sai da América do Sul com destino à Europa estará a financiar actividades terroristas. Cabo Verde entra na história por ser um dos países-trânsito num grande canal lusófono transatlâtico para fazer chegar o ’pó branco’ ao principal m,ercado mundial, a Europa. A droga sai preferencialmente do Brasil (mercado emissor), passa por Cabo Verde (trânsito), Guiné-Bissau (armazenamento) e Portugal (receptor) antes de ser comercializada nos restantes países do velho Continente.
A conclusão do IIEE é de que este percurso é dominado por organizações terroristas próximas à nossa região africana. O documento daquele instituto norte-americano refere Cabo Verde como uma das rotas da cocaína que financia o terrorismo, por meio dos muitos cidaãos sírios que habitam o nosso país. Mas coloca especial enfonque ao caso da Guiné-Bissau, o primeiro e único narco-estado da África Ocidental. Segundo o documento, investigadores acreditam que o tráfico de narcóticos naquere país irmão esteja a alimentar as actividades de grupos terroristas, desde o Hezbollah, da Síria, ao Al-Qaida, com base no Iémen, e com ramimificações ao ocidente africano.
"O arquipélago dos Bijagós tem mais de 80 ilhas e fica a meio caminho entre um grande produtor de droga (a América Latina) e um grande consumidor (a Europa). Tendo em conta a geografia do terreno e a fraca vigilância, o arquipélago acaba por ser um local ideal para os traficantes de droga", diz o relatório da IIEE.
Segundo o mesmo documento, a constante instabilidade política na Guiné-Bissau, a pobreza e a fraca economia do país fizeram com que o tráfico de cocaína proviniente da América do Sul se fixasse nos últimos anos. "Estima-se que todas as noites cheguem, por avião, à Guiné-Bissau cerca de 900 quilos de cocaína. A esse número acresce a droga transportada pelo mar para as ilhas na costa guineense".. Virginia Comolli, responsável pelo recente relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, “o tráfico de droga veio colmatar essa lacuna na economia guineense. A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e deve muito do seu Produto Interno Bruto à produção e exportação de produtos agrícolas, sobretudo de castanha de caju”, refere.
Ainda de acordo com a publicação, pensa-se que o ex-presidente da Guiné-Bissau João Bernardo ‘Nino’ Vieira teria estado envolvido no tráfico de cocaína. Em 2010, a nomeação de Bubo Na Tchuto como chefe da Marinha foi criticada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, que o tinham apontado como um “barão da droga”.Segundo Virginia Comolli, “tem havido especulações sobre ligações com o Hezbollah. Há uma razoável comunidade libanesa a viver na África Ocidental e na Guiné-Bissau, tal como em países na América Latina, com o propósito de controlar o tráfico de droga. E alguns analistas pensam que as receitas do tráfico acabam nas mãos do Hezbollah, no Líbano, para financiar as suas actividades terroristas”.
Outra preocupação, diz Virginia Comolli, é uma alegada ligação entre os traficantes de droga e o grupo terrorista da Al-Qaeda deo Magreb Islâmico, ou AQMI, e que vem ao encontro da notícia de A Semana sobre a expansão doa organização de bin Laden desde a somália até Cabo Verde. “A AQMI tem controlado as rotas do tráfico no Sahel, que têm sido usadas durante séculos para traficar pessoas, armas, cigarros ou drogas pelo deserto. Portanto, penso que é razoável assumir que os traficantes tenham de pagar aos membros da Al-Qaeda para poder utilizar as rotas e passar a droga para o Norte de África e daí para a Europa”.
De acordo com a investigadora, é preciso que os países industrializados tenham mais vontade de resolver o problema: “Não se coloca muito foco na redução do consumo. É preciso que os países que são consumidores lancem sérias campanhas de sensibilização para reduzir o uso ilícito de droga e assumam maior responsabilidade nos países em desenvolvimento que são mais afectados pelo tráfico de narcóticos”.
Fonte: Jornal A Semana