sábado, 14 de janeiro de 2012

DOIS DETECTIVES PRIVADOS ENVOLVIDOS EM CASO MEDIÁTICO

O professor universitário Mário Miguel Mendes, que se fazia passar por uma mulher e aliciava homens na Internet, foi hoje condenado a quatro anos de prisão efectiva, pelas varas criminais de Lisboa.

O colectivo de juízes deu como provados que o arguido cometeu os crimes de difamação, injúria caluniosa, ameaça, perturbação da vida privada, dano e furto.
Utilizando a Internet e até o telefone, Mário Miguel Mendes fazia-se passar por Sofia Sá Guimarães, uma mulher «lindíssima», segundo a foto que enviava às suas vítimas, com «sotaque de Cascais», passando posteriormente a infernizar a vida dos homens que «seduzia» com essa falsa identidade.
Entre a dezena de arguidos estavam dois detectives privados e dois agentes da PSP por suspeita de facultarem informações e vigiarem, a troco de dinheiro, pessoas que depois eram aterrorizadas pelo professor universitário, cuja defesa vai recorrer da decisão condenatória.

O tribunal condenou ainda outros cinco arguidos - incluindo um detective privado e dois inspectores da PJ - a multas diversas, tendo a multa mais pesada sido aplicada ao inspector da PJ Sérgio Antunes (6.500 euros).
O detective privado João Santos foi condenado ao pagamento de uma multa de seis mil euros por gravação ilícita de fotografias e detenção de arma proibida.
O arguido Hugo Morais, ex-funcionário da Optimus que forneceu contactos telefónicos de algumas das vítimas do professor/falsa mulher, foi condenado numa multa de 600 euros.
O outro detective privado Pedro Pereira, Paulo Gameiro, Manuel Moreira, João Paulo Pereira e João Pinto, este último um dos agentes da PSP, foram absolvidos dos crimes de que vinham pronunciados.

Para a condenação do professor Mário Mendes contribuiu o material apreendido na busca realizada à casa do arguido em Évora, onde foi confiscado um computador onde este guardava copias dos e-mails enviados às vítimas.
Na casa foram ainda apreendidos vários telemóveis utilizados pelo arguido para contactar as vítimas, com o intuito de as ameaçar e molestar.

No final da leitura do acórdão, Ana Isabal Barahona, advogada do principal arguido, manifestou intenção de recorrer da condenação.
Por seu turno, Rodrigo Santiago, advogado de defesa do detective João Santos, reconheceu que a decisão foi justa, mas observou que, como não existe qualquer lei quadro que regule a actividade dos detectives privados, sempre que algum tire uma fotografia há crime no entendimento dos tribunais.

MULHERES INGLESAS PAGAM A "DETECTIVE SEXUAL" PARA PROVAR INFIDELIDADE DOS MARIDOS!

 As mulheres inglesas que não confiam totalmente nos seus companheiros podem tirar a prova dos nove ao contratar uma detective sexual para desfazer todas as suas dúvidas.

Janette Jones, residente em Enfield Town, em Londres, tem 45 anos e é paga pelas mulheres inseguras para provar se os homens são ou não fiéis. A sua função é a de provocar os maridos ou os namorados das suas clientes de forma a testá-los e saber se serão capazes de trair as respectivas ‘mais-que-tudo’.

Num ano, Janette que tem quatros filhos e até já é avó, dormiu com 15 homens e cobrou a cada cliente cerca de 8.300 euros para provar a infidelidade do seu companheiro.

De acordo com o diário ‘The Sun’, Janette afirma que se sente bem a fazer o que faz e recusa aceitar ser chamada de prostituta argumentando que a sua função é descobrir se o homem é fiel ou não e que isso implica dormir com eles.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ASSASSINA DE ANIMAIS! CHOCANTE!! LEIA A NOTÍCIA E ASSISTA AO VIDEO

Acabei de ver na TV Record um caso que não dá para entender como existe tanta maldade dentro do coração humano. No Brasil, zona sul de São Paulo, um detective particular foi contratado, por se suspeitar que uma "senhora", se assim se poderá chamar, que supostamente recebia animais doados para tratar deles por se auto intitular protectora de animais, houve desconfianças de que a dita cuja poderia estar a fazer o contrario, ou seja, maltrata-los.

Após começar as investigações, o investigador privado concluiu que a tal "senhora" simplesmente matava os animais em rituais!! A policia encontrou 33 animais mortos! É chocante!!

Vejam a noticia com vídeo.

Parabéns ao excelente trabalho do nosso colega detective.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Diz o velho ditado, que a primeira impressão é a que fica. No crime, esta teoria não funciona! Quando o facto criminoso acontece, a primeira preocupação deve ser a de não aceitar como verdadeira a primeira versão recolhida no local do evento, porque no curso da investigação, outras versões poderão surgir.

Na realidade, na grande maioria dos casos, a impressão inicial é falsa ou no mínimo controversa, levando o investigador incauto, a cometer graves erros se a seguir, facto este, que só descobrirá tarde demais, ou seja, quando o caso esfriou, descobriu que afinal o caminho a seguir, não era o daquela pista, perdendo importantes ligações e até a oportunidade de solucionar o caso com maior eficácia.

É imprescindível fazer uso da ética e da técnica profissional, duvidando de tudo e de todos, tendo a perspicácia de ir retirando as pistas mais prováveis de dentro de um emaranhado de provas e contra-provas, baseado em indícios, informações e até de exames pericíais realizados. 

Nunca é demais o cuidado de verificar na fonte, a informação fornecida pelos suspeitos, testemunhas e até pelas vítimas, além de fazer uma completa investigação sobre todas as pessoas envolvidas no crime, para que se possa, somando os dados obtidos, avaliar com maior rigor a equação apresentada.

Na mente de um investigador, nunca deve permanecer a primeira impressão. Deve sim, ser ela, cuidadosamente registada com imparcialidade, sem nunca deixar de lhe dar a importância devida, face a que toda a regra tem excepção.

É portanto de suma importância, o bom senso do investigador ao analisar todos os dados que recolhe, evitando permitir que conceitos ou sentimentos pessoais, destruam indícios que se venham revelar de extrema importância para o caso investigado.
A personalidade do investigador terá que ser algo tão sólido que, ainda que contra os seus próprios conceitos, permita a aceitação do real conceito da ocorrência, seja ele o mais absurdo possível.

A missão do investigador, é a obtenção de toda a verdade e nunca embarcar em opiniões próprias, renegando a realidade, deixando-se levar por "paixões" ou "amores à primeira vista", isto é, sem se sentir na obrigação a procurar nos detalhes a forma de explicar o que viu e assim prová-lo.


PRÓXIMA MATÉRIA: IREI ABORDAR O TEMA "MODUS OPERANDI"

NOVOS SEGUIDORES

É com grande satisfação, que dou as boas vindas aos novos seguidores deste humilde blogue. São eles O Ilustre colega Brasileiro, Walmir Battu, Presidente do C. D. B. - Conselho dos Detetives do Brasil, que, curiosamente este ano de 2012 faz 25 anos de existência! Parabéns e votos de grandes vitórias na luta pela dignidade e honra da actividade de Investigação Privada no Brasil.

MUITOS PARABÉNS!


Dou também as boas vindas ao nosso estimado colega Brasileiro Fábio Lacerda, que muito tem feito pela classe dos Detectives Privados no Brasil, sempre disposto a dar o seu contributo para dignificar a classe. Recordo por exemplo, a incansável odisseia do Fábio, tentando reunir e sensibilizando inúmeros outros colegas, para participarem naquele que seria o I encontro de Detetives do Rio de Janeiro, que infelizmente não se realizou.
Por último mas não menos digno, dou as boas vindas ao nosso colega Português, Lino Gonçalves, esperando que seja desta que ele decida avançar na sua adesão à ANDEPIP! :)

A todos muito obrigado e espero ser digno do vosso interesse, com as matérias que vou publicando neste veículo de informação!

Forte abraço,

Paulo Perdigão

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DETECTIVES PRIVADOS PORTUGUESES: 20º ANIVERSÁRIO

Caros colegas e amigos, é com grande entusiasmo que dou os parabéns à ANDEPIP que, perfaz este ano o seu 20º aniversário! Vinte anos de associativismo e de defesa dos interesses dos Detectives em Portugal.

É um orgulho e prazer muito grande, fazer parte desta prestigiada Associação.

De acordo com a Direcção da ANDEPIP, durante o 1º semestre de 2012, a Associação irá promover uma acção de angariação de novos sócios que já começou. Esta campanha, dentro do contexto das comemorações do 20º aniversário, permite aos novos sócios fazerem a sua filiação, somente com o pagamento da quota anual de 150 euros, ficando isentos da jóia de admissão, poupando assim 200 euros!

É sem dúvida uma grande iniciativa, permitindo a todos os que queiram entrar nesta grande e honrada família.

Os interessados, deverão entrar no site da ANDEPIP em www.andepip.com e fazer o download da ficha de inscrição, após preenchida, deverá ser encaminhada e acompanhada dos documentos nela solicitados e do respectivo comprovativo de pagamento, para o email direccao@andepip.com.

Após analisado e aceite pela Direcção da Associação, o novo sócio receberá o certificado, o cartão de identificação e verá o seu nome inscrito no site da ANDEPIP, como Detective Privado. Caso o novo sócio pretenda, pode comprar à parte, o distintivo da ANDEPIP e a carteira, por um valor simbólico.

Esta iniciativa é válida para colegas Portugueses e estrangeiros.

Como Membro Associado que sou, apelo a todos os colegas que ainda não o fizeram, a unirem-se e a fazer parte desta grande família, pois somente unidos, poderemos fazer ouvir a nossa voz!

PARABÉNS E OBRIGADO PELA INCANSÁVEL LUTA EM DEFESA DOS NOSSOS INTERESSES! QUE VENHAM OS PRÓXIMOS 20 ANOS!

Saudações a todos!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

OBJECTIVOS E BASES ELEMENTARES DA INVESTIGAÇÃO DE FORMA RESUMIDA

A investigação de qualquer crime começa geralmente através de uma observação, acusação verbal (chamada telefónica, anónima ou não) ou escrita, através de queixa formal, dando sequência a uma série de providencias e culminando pelo convencimento da culpa ou responsabilidade de alguém e consequentemente possível prisão.

A investigação desenvolve-se em duas fases: Investigação preliminar e investigação continuada. A investigação preliminar, em termos policiais, tem diversos sentidos, ou mesmo interpretação, dependendo sempre do caso a ser investigado. Por exemplo: a urgência do assunto em consideração (assaltos, crimes violentos, roubos, etc.) podem exigir uma acção imediata, face ao princípio da oportunidade e a necessidade de salvar uma vida, deter o criminoso em flagrante ou recuperar o produto do crime. 

Outros crimes exigem uma prévia avaliação, levantamento do caso para o prosseguimento da investigação, daí se dizer, investigação continuada, aquela que teve como início da investigação preliminar, que também podemos citar como exemplo, o roubo de veículos, tráfico de droga, etc.

Em qualquer deste tipos de investigação, é sempre de considerar a participação de departamentos científicos de Criminologia e até colaboração entre as diversas forças policiais.

Os objectivos da investigação devem ser amplamente entendidos pelo investigador. Nas directrizes, requisitos e primeiras impressões (este tema será abordado na próxima postagem). Porém, para cada fase de uma investigação, o investigador deve obedecer às fronteiras entre o passo dado e o passo seguinte, evitando, dessa maneira, extrapolar o "elo" que forma a "corrente" do crime, concluindo-a de forma perfeita, sem o risco de se desviar do assunto investigado. O "desvio" que me refiro, tem como base o surgimento de um novo facto no caso, mas que, na realidade, nada terá a ver com o caso em si, desviando a atenção do investigador, ocasionando perda de tempo desnecessária.

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