terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ataque mais recente do grupo de hackers Anonymous deixa estragos

O sistema informático da Stratfor foi violado durante o Natal. Um grupo de hackers conseguiu entrar e aceder a uma lista de assinantes da publicação deste think tank, que reúne e analisa informação de todo o mundo. Foram recolhidos nomes, e-mails, palavras-chave, números de telefone, moradas e cartões de crédito.

A lista com alguns destes dados foi publicada online. Mas só depois de os atacantes terem usado alguns dos cartões de crédito para contribuir com somas avultadas para instituições de caridade como a Cruz Vermelha e a Save The Children, num valor total superior a um milhão de dólares. Nessa lista encontram-se dados de dois portugueses, o general Loureiro dos Santos e Mário Tomé, antigo deputado da UDP.

O ciberataque foi publicitado como obra dos Anonymous e assim noticiado em todo o mundo. A autoria foi pouco depois desmentida, através de um comunicado que explica as razões por que a Stratfor não poderia ter sido alvo de um ataque dos Anonymous: “Como fonte mediática, o trabalho da Stratfor é protegido pela liberdade de imprensa, um princípio que os Anonymous muito estimam”.

“A Stratfor é uma agência de informação open source, que publica relatórios diários sobre os dados recolhidos na Internet aberta. Os hackers que dizem pertencer aos Anonymous distorceram esta verdade, a fim de promover sua agenda oculta, e alguns ‘Anons’ morderam o isco”, lê-se no comunicado publicado no domingo.

Ontem, segunda-feira, o cibernauta @Kilgoar publicou um outro texto em que sublinha a diferença entre dois grupos de hackers – os Anonymous e o Antisec, a que pertence Sabu, o principal autor do ataque à Stratfor. As críticas têm sido muitas no Twitter, onde outros hackers o acusam de não entender a “sensibilidade” dos Anonymous.

No texto de segunda-feira, Kilgoar argumenta que "as intenções de Sabu e da sua equipa são cada vez mais obscuras" e questiona os restantes Anonymous sobre se devem ou não permitir que se continue a usar o nome do grupo para este tipo de ataques. A sua posição é clara: vota contra. “[Estas] não são acções de anarquistas justos, mas de criminosos oportunistas”, sublinha.

Sabu, por outro lado, acusa os detractores de o odiarem. “Ignorem estes idiotas. Odeiam-me por muitas razões, mas sobretudo porque não me conseguem parar”, escreveu no Twitter. Num novo comunicado, publicado nesta terça-feira, o autor do ataque à Stratfor sugere mesmo uma ligação entre os hackers que o repudiam e a empresa, cujos “funcionários estão bem versados em contra-informação”.

Na segunda-feira, a Stratfor alertou os clientes, que têm as suas contas suspensas, para a possibilidade de os seus dados estarem a ser utilizados segunda vez por apoiarem publicamente a empresa, sediada em Austin. Hoje, o site da Stratfor continua offline.

A Stratfor fez ainda saber que a sua lista confidencial de clientes, que inclui agências e departamentos governamentais e intergovernamentais, bancos de crédito e de investimento ou empresas multinacionais, está segura. A Marinha portuguesa, por exemplo, faz parte dessa lista. Os responsáveis pelo think tank informaram que os hackers acederam apenas a uma lista de assinantes do seu boletim informativo.

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!

INTELIGÊNCIA CIVIL - DETECTIVES, deseja a todos os seus colaboradores, amigos e colegas, um FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO na companhia dos seus ente queridos, com muitos presentes, sucessos profissionais e pessoais para o Novo Ano que está aí a chegar!

Em Portugal, apesar da crise e dos presságios negativos que os entendidos prevêem, deixo um voto de esperança e optimismo, para todos os 
que acreditam em si e nas suas capacidades!



Bem Haja a todos!


Paulo Perdigão

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A infidelidade conjugal está a aumentar?


A infidelidade conjugal parece estar a aumentar, particularmente entre homens mais velhos e casais jovens. Também parece que a infidelidade feminina está a alcançar os homens no adultério: as mulheres mais jovens parecem estar a trair seus maridos quase tanto quanto os homens.

As mudanças no aumento da traição não são muito grandes, mas ao olhar as alterações específicas em termos de sexo e grupos é possível observar diferenças significativas, segundo David C. Atkins, pesquisador da Universidade de Washington, nos EUA.


» Porque as pessoas traem?


Uma pesquisa que é realizada a cada dois anos desde 1972 mostrou que cerca de 10% das pessoas casadas – 12% homens e 7% mulheres – mostraram infidelidade ao fazer sexo com outra pessoa.

Mas análises detalhadas dos testes de fidelidade entre 1991 e 2006 mostram algumas mudanças surpreendentes. Pesquisadores descobriram que a taxa de infidelidade para homens com mais de 60 anos aumentou de 20% em 2001 para 28% em 2006. Em 1991 o aumento havia sido de 5% e em 2006 foi de 15%.

Grandes mudanças foram observadas em casamentos relativamente novos. Cerca de 20% dos homens e 15% das mulheres com menos de 35 anos disseram que traíram seus parceiros. Anteriormente as proporções eram de 15 e 12% respectivamente.

As teorias variam sobre as causas das pessoas estarem traindo mais. Entre as pessoas mais velhas há uma série de novos tratamentos para manter a saúde sexual e, em alguns casos, infiel: Viagra e outros medicamentos para disfunção erétil masculina; suplementos de testosterona e estrogênio para manter o desejo sexual feminino e a saúde vaginal, incluindo avanços nas próteses de quadril.

Segundo pesquisadores a melhora na saúde física permite que eles expressem sexualidade mesmo em idade avançada. A grande disponibilidade de pornografia na internet, que mostrou afetar as atitudes e percepções sexuais de um comportamento “normal”, podem também ter um papel no aumento da infidelidade.

Mas foi a aparente mudança na infidelidade feminina que chamou a atenção entre os pesquisadores. Não se sabe exatamente se a diferença de infidelidade entre mulher e homem é real ou se as mulheres têm mais chance de mentirem sobre sua traição.

A causa das diferenças parece ser um jogo psicológico entre os sexos: Os homens se vangloriam sobre suas “escapadas”. Por outro lado eles preferem pensar que as mulheres não traem e elas querem, da mesma maneira, que eles pensem isso.

Em culturas mais primitivas não existem evidências de que as mulheres traiam menos que os homens, portanto a diferença entre homens e mulheres nos estudos presentes pode ser explicada por pressões culturais e não por diferenças no desejo sexual: Uma mulher promíscua nunca é vista com bons olhos, quando essa mesma qualidade no homem e indicador de virilidade.
Uma mudança notável que as pesquisas mostram é o fato de que os casais parecem estar passando um pouco mais de tempo juntos. E homens e mulheres casados também têm a vida sexual mais ativa do que os solteiros reportando ter feito sexo com o parceiro (a) 58 vezes por ano, um pouco mais do que uma vez por semana. Os pesquisadores olharam estes dados como uma boa notícia.

Espionagem informática internacional, entra em computadores portugueses


Uma rede de espionagem informática conseguiu infiltrar-se em 1295 computadores de governos, incluindo o de Portugal, embaixadas, organizações de defesa dos direitos humanos e meios de comunicação.
No total, a rede de espionagem informática entrou em computadores de 103 países, segundo um relatório da Universidade de Toronto publicado este domingo.
Segundo o relatório divulgado na Internet pelo Munk Center for International Studies da Univesidade de Toronto não é possível atribuir com certeza a autoria da espionagem da rede que os investigadores denominam GhostNet (RedeFantasma), mas sublinham que três dos quatro servidores de controlo estão em províncias chinesas e o quarto na Califórnia, Estados Unidos.
Os autores do relatório, um grupo de acompanhamento da ciber-delinquência denominado The Information Warfare Monitor que se foca na utilização da rede como domínio bélico estratégico, trabalham sob o patrocínio do SecDev Group, uma consultora de Otava especializada em regiões em risco de violência, e do Laboratório Cidadão da Universidade de Toronto.
Na opinião dos investigadores, não se pode concluir definitivamente que a espionagem envolva o governo chinês, apesar do controlo do sistema ter origem, quase exclusivamente, em computadores na China.
No entanto, a origem desta investigação está relacionada com uma petição do gabinete do Dalai Lama em Dharamsala, norte da Índia, para que os peritos analisassem a rede de computadores, dos quais tinham sido retirados virtualmente documentos e cujos microfones e câmaras web eram controladas por controlo remoto.

Duarte Lima será julgado em Portugal pelo crime de homicídio


 O Ministério Público do Rio de Janeiro deu esta quarta-feira o primeiro passo para que o processo de Duarte Lima no Brasil, acusado da morte de Rosalina Ribeiro, seja enviado a Portugal.

"O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, encaminhou hoje ao procurador-geral da República do Brasil, Roberto Gurgel, autoridade central por força do Tratado de Extradição com Portugal, cópias integrais dos autos da acção penal de homicídio proposta pela Promotoria de Saquarema contra o advogado e ex-deputado Domingos Duarte Lima", informou o Ministério Público brasileiro em comunicado.
A medida é uma das etapas naturais para o envio do processo à Justiça Portuguesa. Depois de receber a documentação, espera-se que o procurador-geral da República do Brasil remeta o processo para Portugal.
Na nota, o procurador de Justiça do Rio de Janeiro ressalta que as provas são "contundentes" e "fundamentadas em factos concretos".
Refere ainda que as investigações terão demonstrado que o ex-deputado veio ao Brasil para cometer o crime.
Duarte Lima foi acusado no Brasil pelo homicídio da portuguesa Rosalina Ribeiro, morta no dia 7 de Dezembro de 2009 em Saquarema, nos arredores do Rio de Janeiro.

domingo, 18 de dezembro de 2011

S.Vicente-Cabo Verde O BERÇO DA MORNA






S. Vicente - Cabo Verde O BERÇO DA MORNA
A melhor recordação que pode trazer de Cabo Verde são os amigos que fizer, as maravilhosas «tocatinas» improvisadas de «mornas» cantadas à viola, a riqueza da sua gastronomia e as
saudades das praias de areia branca banhadas pelas águas cristalinas do Atlântico.S.Vicente é uma ilha bastante seca, ocasionalmente bafejada por uma precipitação mais abundante no fim do Verão (Agosto ou Setembro) que sacia a terra ressequida e transforma a paisagem árida das suas serras em encostas verdejantes. A mais emblemática é o Monte Cara (pela silhueta de um rosto humano que o seu recorte apresenta), junto à Baía do Porto Grande e a mais elevada é, precisamente, o Monte Verde (774 metros). A agricultura e a criação de gado estão confinadas aos vales férteis que rasgam o centro da ilha, mas S.Vicente depende das produções agrícolas com origem nas ilhas vizinhas de S.Antão e S.Nicolau ou da importação de bens alimentares de Portugal, Brasil e Holanda. Com 227 quilómetros quadrados, é a terceira ilha mais pequena (depois da Brava e do Sal) entre as dez que constituem o arquipélago de Cabo Verde.
Muito centrado na cidade do Mindelo ou na Praia da Baía das Gatas (celebrizada pelo festival anual de música que ali é organizado desde 1984), o turismo ainda não se afirmou como motor de desenvolvimento em S.Vicente. Esta situação é tanto mais injusta, porquanto a ilha dispõe de outras praias com grandes potencialidades - casos da Praia Grande, da Praia de Salamansa, da piscina natural de Porto do Calhau e da Praia de S.Pedro (junto ao aeroporto), muito elogiada pelos praticantes de windsurf.«Quem ca conchê Mindelo, ca conchê Cabo Verde»«Quem não conhece o Mindelo, não conhece Cabo Verde»Manuel d'Novas, músico e compositor caboverdiano S.Vicente desenvolveu-se, sobretudo, pela actividade comercial e portuária da cidade do Mindelo, onde se concentra cerca de 75% da população da ilha (num total de 35 mil habitantes). Tudo começou no final do século XVIII, com o aparecimento dos primeiros barcos a
vapor no Atlântico, que necessitavam de portos de escala para reabastecer de carvão. Ao longo do século XIX, todos os transatlânticos a caminho de América do Sul e outros países de África faziam escala no Mindelo, tendo a cidade alcançado o seu apogeu nas primeiras décadas do Século XX.
A cidade do Mindelo é uma das poucas cidades do mundo onde se respira uma atmosfera invulgar e muito própria, que é sempre difícil descrever por palavras. Ao clima ameno, pautado
por uma temperatura suave, juntam-se a harmonia do traçado das ruas e as reminiscências da arquitectura portuguesa em edifícios admiravelmente preservados.
O antigo Palácio do Governador (hoje, Palácio do Povo), constitui o expoente máximo dessa preservação e é, porventura, o melhor exemplo de arquitectura colonial portuguesa em África. Pena é, que as suas portas e janelas permaneçam encerradas à curiosidade do grande público e que se desconheça, por agora, o destino que o futuro lhe reserva. Outros edifícios merecem,
igualmente, destaque. É o caso da Drogaria Central, junto à Câmara Municipal do Mindelo, que ainda conserva o balcão e os armários de origem; da antiga Alfândega, hoje transformada em centro cultural; ou dos edifícios da rua de Lisboa recém-recuperados pelo BCA (Banco Comercial do Atlântico) e pelo Centro Cultural Francês.Todavia, a atmosfera do Mindelo é indissociável da hospitalidade e do calor humano das suas gentes. É difícil encontrar melhor receptividade e simpatia que a dos caboverdianos.Do atendimento nas lojas, hotéis e restaurantes aos taxistas, passando pelos simples transeuntes que cruzamos na rua e nos indicam uma direcção, todos se revelam prestáveis e exprimem uma hospitalidade natural para com os estrangeiros especialmente, se forem portugueses. Os laços com Portugal permanecem fortes, não só na língua comum, como em muitos traços da cultura popular e do desporto, com destaque, naturalmente, para o futebol, capaz de inflamar as mais acessas discussões entre adeptos dos principais clubes.
Liberto de quaisquer fantasmas colonialistas que alguns mal intencionados ainda procuram
inculcar, o caboverdiano orgulha-se das suas origens mestiças e de ser o produto do cruzamento entre naturais da Europa e continentais de África. Mas são, obviamente, mais africanos e
detentores de uma cultura e identidades próprias que se reflectem de sobremaneira nas mais diversas manifestações artísticas: a música, onde os melhores intérpretes de «mornas», «coladeras» e «funaná» ganharam já o justo reconhecimento internacional (Cesária Évora, Ildo Lobo, Ana Firmino, Titina, Hermínia, Travadinha (já falecido), entre muitos outros); a gastronomia, enriquecida pela grande variedade de peixes e mariscos, mas onde não faltam pratos tradicionais como a «cachupa» (carne de porco com feijão, milho, batata doce, inhame e mandioca); a literatura, com romances que retratam as suas vivências e modo próprio de sentir (as sementes lançadas pela viragem introduzida no romance caboverdiano por Baltazar Lopes da Silva, em 1947, com a sua obra prima «Chiquinho», encontrou nas narrativas de Germano de Almeida o seu melhor dísciplo); o carnaval de S.Vicente, num desfile tipicamente brasileiro; o cinema, através de uma geração de actores e realizadores que dão corpo às personagens mais características das ilhas; o teatro e a pintura, tapeçaria, olaria e artesanato que, infelizmente, enfrenta a dura realidade da escassez de recursos para dar livre curso a uma imaginação mais exuberante. Desiluda-se o viajante que procura recordar a sua estadia em Cabo Verde com artefactos locais, tão comuns em outros países africanos. Aqui não encontrará essa diversidade, à excepção de algumas lojas e galerias do centro da cidade do Mindelo, que não hesitam em importar de Dakar, no Senegal, peças de artesanato, vestuário e outras «bujigangas» para satisfazer a crescente procura dos turistas.

Texto e fotos: Alexandre Coutinho

A cantora cabo-verdiana Cesária Évora morreu, aos 70 anos, no Hospital Baptista de Sousa, na ilha de São Vicente, Cabo Verde


A cantora cabo-verdiana Cesária Évora morreu, aos 70 anos, no Hospital Baptista de Sousa, na ilha de São Vicente, Cabo Verde, por “insuficiência cardio-respiratória aguda e tensão cardíaca elevada”.
A “diva dos pés descalços”, como a imprensa se referiu muitas vezes a Cesária Évora, nasceu há 70 anos na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente, no seio de uma família de músicos.
Numa das muitas entrevistas que deu, certa vez afirmou: “Tudo à minha volta era música”.
O pai, Justiniano da Cruz, tocava cavaquinho, violão e violino, instrumentos que se tornaram característicos daquelas ilhas, o irmão, Lela, saxofone, e entre os amigos contava-se o mais emblemático compositor cabo-verdiano, B. Leza.Cize, como era carinhosamente tratada pelos amigos, tornou-se no nome mais internacional de Cabo Verde, país de onde o mundo conhecia já grandes músicos como Luís Morais e Bana.
Desde cedo que Cesária Évora se lembrava de cantar, como referiu numa das muitas entrevistas que deu: “Cantava ao ar livre, nas praças da cidade, para afastar coisas tristes”. Aos 16 anos, canta nos bares da cidade e nos hotéis, começando a ganhar uma legião de fãs que a aclamavam já como “rainha da morna”.
A independência da nação africana, em 1975, coincide com o início de um “período negro” da cantora, que deixa de cantar, tem problemas com o alcoolismo e trabalha noutra área.Em 1985, a convite de Bana, proprietário de um restaurante e uma discoteca com música ao vivo em Lisboa, Cize vem a Lisboa e grava um disco que passou despercebido à crítica, seguindo para Paris onde é “descoberta” e daqui, como aconteceu com outros cantores, partiu para os palcos do mundo.
Em 1988, grava “La diva aux pied nus”, álbum aclamado pela crítica. Nesta fase da sua carreira, tem um papel fundamental, que se manteve até ao final, o empresário francês José da Silva.Em 1992, Cesária Évora gravou “Miss Perfumado” e aos 47 anos torna-se uma “estrela” internacional no mundo da world music, fazendo parcerias com importantes músicos e pisando os mais prestigiados palcos.Uma carreira internacional que passou várias vezes por palcos portugueses cujas salas esgotavam para ouvir, entre outros êxitos, “Sôdade”.Em 2004, recebeu um Grammy para o Melhor Álbum de world music contemporânea, pelo disco “Voz d’Amor”. Cize não pára e continua em sucessivas digressões, regressando de quando em vez à sua terra natal.“Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desde marulhar das ondas”, confidenciou certa vez à Lusa.
A cantora começa a enfrentar vários problemas de saúde e alguns “sustos”, como afirmava, mas regressava sempre aos palcos e aos estúdios com alegria.Em 2009, o Presidente francês Nicolas Sarkozy entrega-lhe a medalha da Legião de Honra, depois de uma intervenção cirúrgica que a levou a temer pela vida.Cesária voltou aos estúdios e anunciou não só uma digressão, como a gravação de um novo disco, que deveria sair no próximo ano.
No dia 24 de Setembro, numa entrevista ao Le Monde, a cantora afirma que tem de terminar a carreira por conselho médico. A sua promotora, Tumbao, emite um comunicado confirmando as declarações da “diva dos pés descalços” e dando conta da tristeza que sentia por ter de o fazer.Nesse mesmo dia, ao princípio da tarde, a cantora é internada no hospital parisiense de Pitie-Salpetriere, por ter sofrido mais um acidente vascular cerebral (AVC). A Tumbao emitiu nesse mesmo dia um comunicado, dando conta de que o diagnóstico clínico da mais internacional artista cabo-verdiana era “reservado”.Aos 70 anos, completados no passado 27 de Agosto, e após uma curta visita a Lisboa, onde pediu para passear a pé pelo bairro de São Bento, Cesária Évora morreu em Cabo Verde.Ao longo da carreira, além das inúmeras digressões e actuações em televisões, gravou 24 álbuns, um DVD, “Live in Paris”, e registou dezenas de colaborações em discos.

"A Cesária levou-nos de uma parte do mundo para a outra"


Reacções: "Um artista nunca morre" 17.12.2011 - 17:12 Por Rita SizaVotar | em Cultura« Tito Paris: "A Cesária levou-nos de uma parte do mundo para a outra" (Daniel Rocha)João Branco, director do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo"A primeira vez que chorei em Cabo Verde, há quase vinte anos, foi por ter ouvido a voz de Cesária Évora, que se apoderou de mim como um furacão de alma e sentimento. Tinha acabado de chegar ao Mindelo e pela mão do músico Vasco Martins fomos a um bar de amigos, para um serão tranquilo de boa conversa. Estava sentado, distraído com uma qualquer leitura, quando aquele espaço foi invadido por uma voz única, grave, possante. O disco era o “Miss Perfumado”, o CD que haveria de catapultar Cesária para a fama internacional, por via do mercado francófono e a transformaria na maior embaixadora da história do arquipélago, hoje no mapa global muito por responsabilidade do retumbante e espantoso sucesso da sua impar carreira. No saudoso Café Royal, da mítica Rua de Lisboa, para onde ela ia quase diariamente, numa época em que ainda não tinha que viajar constantemente, com tournées que a obrigavam a ficar tão longe da sua cidade querida, a sua chegada de carro, sempre com um condutor próprio, e a entrada com os pés descalços no estabelecimento, eram dignos de um cerimonial que nunca mais esquecerei. A mesa onde se sentava Cesária ia-se enchendo e esvaziando, à medida que ela recebia amigos, familiares, conhecidos ou curiosos. Pagava bebidas a todo o mundo, dava dinheiro aos pedintes, brincava constantemente com aqueles que a rodeavam, muitos já adivinhando que ali estava uma fonte inesgotável de talento e projecção. Na sua casa, sempre tinha a porta aberta, com o mesmo espírito generoso, próprio de uma grande matriarca. Hoje, depois do choque inicial, a voz de Cesária Évora ecoa por toda a cidade do Mindelo. Nas ruas, nos cafés, nos bares, nos carros, nas vozes das pessoas. Um mendigo grita no centro histórico do Mindelo: Cesária já morrê! Hoje, Cabo Verde, é uma Nação que se curva, de pés descalços, perante a sua maior Diva." Mayra Andrade, cantora"Cize,Como na tela de um quadro, a tua voz pinta estas paisagens perdidas e os sentimentos que animam o povo das tuas ilhas. Agradeço à vida o privilégio de te ter conhecido, tu que pela tua voz nos fizeste existir perante os olhos do mundo. Sentimos terrivelmente a tua falta.Sodade, sodade, sodade..."Tito Paris, músico“Recebi a notícia com profunda tristeza. Cabo Verde fica mais pobre, da mesma forma que ficou mais rica quando ela nasceu, porque nasceu uma estrela que não se apagará, ficará sempre acesa, a brilhar através da sua música. Espero que todos os cabo-verdianos, sobretudo os mais jovens, dêem valor ao que ela nos deu; muitos não têm noção do que ela nos ofereceu. A Cesária levou-nos de uma parte do mundo para a outra, levou o nome de Cabo Verde por todo o mundo e, quando ela estava em palco, todo o cabo-verdiano estava lá com ela. Ela levou a morna, e o sorriso, e o calor do Mindelo, e ficará na nossa memória. Estamos profundamente tristes. Que descanse em paz. Todo o mundo da música ficou mais pobre, mas um artista, um poeta, nunca morre.”José Eduardo Agualusa, escritor“É uma notícia triste, embora esperada. A Cesária já não estava bem há algum tempo, mas quando a notícia chega nunca estamos preparados. O extraordinário sucesso internacional da Cesária mudou por completo a forma como a música cabo-verdiana passou a ser acolhida no mundo e, dessa forma, mudou a própria música cabo-verdiana. Mas mais do que isso, julgo que ela foi muito importante para todo o mundo da música em língua portuguesa, porque ela abriu caminhos para todas as outras culturas.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Morreu a Diva que levou Cabo Verde ao Mundo

           CABO VERDE E O MUNDO ESTÃO DE LUTO

Cantora cabo-verdiana nasceu em 1941 
 Cantora cabo-verdiana nasceu em 1941
Cesária Évora morreu neste sábado aos 70 anos, num hospital na ilha de São Vicente, na sequência de complicações cardíaco-respiratórias. A cantora cabo-verdiana é lembrada como a diva que levou a música de Cabo Verde para o mundo.

“Cabo Verde fica mais pobre, da mesma forma que ficou mais rico quando ela nasceu, porque nasceu uma estrela que não se apagará, ficará sempre acesa, a brilhar através da sua música”, afirmou o músico cabo-verdiano Tito Paris.

Ao PÚBLICO, Tito Paris lamentou ainda que “muitos [cabo-verdianos] não têm noção do que ela ofereceu” àquele país. “A Cesária levou-nos de uma parte do mundo para a outra, levou o nome de Cabo Verde por todo o mundo e quando ela estava em palco, todo o cabo-verdiano estava lá com ela. Ela levou a morna, e o sorriso, e o calor do Mindelo”.

A cantora, que nasceu em 1941, começou muito jovem a cantar em bares e hotéis, mas só em 1988, com 47 anos, gravou, em Paris, o aclamado álbum “La diva aux pied nus” – “a diva dos pés descalços ”, epíteto com que é frequentemente referida na imprensa.

Poucos anos antes, gravara já um álbum em Lisboa, mas o trabalho acabou por passar despercebido. Numa entrevista ao PÚBLICO, em 1999, Cesária mostrava algum ressentimento por isso. "[Portugal é] um grande país, tenho muitos fãs aqui, mas eu devia ter sido reconhecida aqui primeiro. Eu até ia cantar nos navios de guerra, desde o tempo colonial", disse. "Quem me ajudou foram os franceses, nem os portugueses, nem os cabo-verdianos".

Nos anos que se seguiram a “La diva aux pied nus”, Cesária Évora tornou-se numa estrela no panorama mundial da world music. Em 2009, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, atribuiu-lhe a medalha da Legião de Honra.

Foi “uma das vozes mais expressivas e originais da música mundial”, classificou esta tarde o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, numa nota de condolências. “A qualidade da sua voz era de alcance universal, e o reconhecimento internacional que obteve comprovou isso mesmo”. Um comunicado do Presidente da República, Cavaco Silva, descreve-a como uma “artista singular, que tão bem soube exprimir a cultura e a tradição musical da sua terra, muito para além das fronteiras da língua portuguesa".

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa, considera que "Cabo Verde perdeu uma das suas principais vozes". E acrescentou: "O legado que nos deixou certamente que suplantará a dor. A Cesária tinha uma alma que nos representava a todos. Era uma espécie de anjo da guarda de toda a gente". O Governo de Cabo Verde decretou dois dias de luto oficial.

A Assembleia Nacional cabo-verdiana também já expressou as condolências: “A diva dos pés nus morreu, mergulhando o país numa profunda dor, pois a perda é irreparável. Cabo Verde fica mais pobre com o desaparecimento físico da Cize, como ela era carinhosamente conhecida pelos cabo-verdianos”, afirmou o presidente da assembleia, Basílio Mosso Ramos, citado pelos media locais.

Cesária Évora morreu às 11h20, no Hospital Baptista de Sousa, na ilha de São Vicente, na sequência de complicações cardíaco-respiratórias. Em 2008, sofrera um acidente vascular-cerebral (AVC), que a afastou temporariamente dos palcos. Regressou pouco depois, com um ritmo menor de concertos. "Canto mais um tempo e depois stop!", disse ao PÚBLICO em 2009.

Em Setembro passado, anunciou o fim da carreira, por motivos de saúde.

“É uma notícia triste, embora esperada”, afirmou ao PÚBLICO o escritor José Eduardo Agualusa. “A Cesária já não estava bem há algum tempo, mas quando a notícia chega nunca estamos preparados. O extraordinário sucesso internacional da Cesária mudou por completo a forma como a música cabo-verdiana passou a ser acolhida no mundo e, dessa forma, mudou a própria música cabo-verdiana”.

Também a cantora portuguesa Lura, de ascendência cabo-verdiana, afirma que Cesária Évora “levou Cabo verde ao mundo, ao universo inteiro”.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Continente necessita de lideranças "fortes e credíveis", defende PR de Cabo Verde

Continente necessita de lideranças "fortes e credíveis", defende PR de Cabo Verde15 de Dezembro de 2011, 12:31Cidade da Praia, 15 dez (Lusa) - O Presidente de Cabo Verde considera que África necessita de "lideranças fortes e credíveis" para fazer face aos inúmeros problemas das populações, frisando que a instabilidade política e militar tem afetado o continente africano.Jorge Carlos Fonseca, ao discursar na quarta-feira à noite no encerramento da 3.ª Conferência da Iniciativa e Paz para a África Ocidental, iniciada na segunda-feira, sublinhou que sem paz não pode existir o verdadeiro desenvolvimento, o que só acontecerá se houver lideranças com uma visão de desenvolvimento.O chefe de Estado cabo-verdiano saudou os promotores do fórum, que terminou com a terceira e última edição - a primeira foi em Dacar (2009) e a segunda em Freetown (2010) -, realçando a contribuição que a iniciativa tem dado na busca de paz, sobretudo na África Ocidental.Para Jorge Carlos Fonseca, a paz e segurança são questões "demasiadamente sérias" para serem entregues apenas aos políticos e militares, razão pela qual apelou à organização dos cidadãos para exercerem uma cidadania "ativa" nesse sentido.Na intervenção, o presidente de Cabo Verde alertou, por outro lado, para o perigo da crise financeira mundial que, disse, pode ter "consequências muito graves" na região oeste-africana, em particular, e no continente, em geral."A crise é global e assume facetas múltiplas", avisou, defendendo que a situação pode condicionar o desenvolvimento de quase todo o planeta.Para o chefe de Estado cabo-verdiano, a crise é também de cariz ambiental e, apesar de a África ser o continente que menos contribui para esse desequilíbrio, é o que mais sofre as consequências.Por seu lado, o investigador e académico cabo-verdiano Corsino Tolentino considerou que "valeu a pena" a conferência, que levou à Cidade da Praia académicos, investigadores e jornalistas de vários países da África Ocidental e dos Estados Unidos para uma discussão "séria e profunda" sobre a questão da paz na região, envolvendo os métodos de resolução dos conflitos e da prevenção da guerra."Conseguimos que um terço do tempo dedicado ao debate fosse destinado a Cabo Verde", declarou Corsino Tolentino, reconhecendo que o arquipélago "estava praticamente ausente" do programa.A conferência, disse, contribuiu para um "melhor conhecimento" sobre o que se passa na região oeste-africana, em geral, e em Cabo Verde, em particular, lembrando que a capital cabo-verdiana foi recentemente palco da 27.ª reunião da Rede de Prevenção de Crises Alimentares no Sahel e África Ocidental. Instado sobre a procura de Cabo Verde para a realização destes eventos, Tolentino disse tratar-se de uma "estratégia do Governo e da sociedade civil" para promover o que é cabo-verdiano, o que ficou provado com a partilha de conhecimento e com a grande movimentação de pessoas, benéfico para a economia local.A conferência visou refletir sobre o discurso e práticas de paz na região, bem como identificar as práticas locais, nacionais e tradicionais existentes na prevenção e gestão de conflitos.JSD.Lusa/Fim

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Com a cabeça no . . . SEXO!!

Um estudo norte-americano confirmou a teoria popular de que os homens pensam mais em sexo do que as mulheres, mas não tanto como se pensava. O resultado do trabalho, que será publicado em Janeiro numa revista de sexologia, revela que enquanto os homens pensam 19 vezes ao dia em fantasias e imagens eróticas, as mulheres pensam nesses assuntos 10 vezes num dia.
Uma equipa de investigadores da Universidade do Ohio, nos EUA, reuniu 283 estudantes (163 do sexo masculino e 120 do sexo feminino) para perceber as diferenças entre os pensamento de homens e mulheres ao longo de um dia.
 
Homens pensam em sexo 19 vezes ao dia
Homens pensam mais em sexo do que as mulheres
 
Divididos em três grupos, foi pedido aos participantes que, durante uma semana, cada vez que pensassem em sexo, comida ou descanso, consoante o grupo onde estavam inseridos, activassem um contador.
O resultado, que os investigadores dizem não mostrar diferenças significativas por depender de "outras questões biológicas", mostra, ainda assim, que enquanto os homens pensam, em média, 19 vezes por dia em sexo, as mulheres apenas pensam 10 vezes.
Nos outros tipo de necessidades físicas, os homens também vão à frente do sexo oposto, pensando 18 vezes por dia em comida (15 vezes entre as mulheres) e 11 vezes (oito vezes no sexo feminino) em descanso.
Com estes resultados e através de entrevistas com os participantes, os investigadores liderados por Terri Fisher concluíram que existem diferenças entre homens em mulheres no que respeita aos pensamentos sobre sexo, comida e sono. Ainda assim, a teoria de que os homens têm pensamentos sexuais de sete em sete segundos - tese que originou a investigação - foi completamente refutada. No entanto, no estudo houve participantes com mais mais de 140 pensamentos sobre sexo num dia.

Advogado da família de Rui Pedro acusa inspector da PJ de incompetência

O advogado da família de Rui Pedro acusou, esta quarta-feira, em audiência de julgamento, o inspector da Polícia Judiciária João Rouxinol de "incompetência" na investigação dos primeiros dias após o desaparecimento da criança de Lousada.
 
Advogado da família de Rui Pedro acusa inspector da PJ de incompetência
Ricardo Sá Fernandes, advogado da família de Rui Pedro
 
"Este senhor [João Rouxinol] está aqui a lavar-se da sua própria incompetência", afirmou Ricardo Sá Fernandes, em tom exaltado.
Para o causídico, o depoimento do inspector, arrolado como testemunha pela Defesa, "não "merece crédito".
Ricardo Sá Fernandes insurgia-se contra o que considera terem sido erros da investigação praticados pela primeira brigada da Polícia Judiciária (PJ) que esteve em Lousada, em Março de 1998, após o desaparecimento de Rui Pedro, no dia 04 daquele mês.
O advogado confrontou a testemunha com uma entrevista que deu este ano a um jornal diário, na qual o inspector afirma que só soube que Rui Pedro sofria de epilepsia em 2005, contrariando o que consta dos autos deste processo desde 1998.
Para o advogado, este elemento da entrevista, prova a "incompetência" do inspector

Fonte: Jornal de Noticias

Justiça brasileira negou "habeas corpus" a Duarte Lima


O pedido de 'habeas corpus' para Duarte Lima no Brasil foi negado por unanimidade pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
 

Justiça brasileira negou "habeas corpus" a Duarte Lima
Duarte Lima viu "habeas corpus" negado
 
A decisão, publicada esta quarta-feira no sítio na Internet do Tribunal de Justiça, foi tomada por um grupo de três desembargadores, presidido pela magistrada Rosa Helena Penna Macedo Guita.
Duarte Lima foi acusado no Brasil pelo assassinato da portuguesa Rosalina Ribeiro, morta no dia 7 de Setembro de 2009 em Saquarema, nos arredores do Rio de Janeiro.
No início de Novembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro emitiu um mandado de prisão preventiva contra o ex-deputado, que na altura ainda estava em liberdade.
No dia 17 de Novembro, Duarte Lima foi preso, em Portugal, no âmbito de outro processo, no qual é suspeito de ter participado de fraudes ao banco BPN.
O "habeas corpus" é um processo célere e privilegiado com a função primordial de permitir uma reacção contra o abuso de poder por parte das autoridades que resulte num atentado ao direito à liberdade.

Fonte: Jornal de Noticias

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tráfico de droga: PJ detém três pessoas no aeroporto da Praia

Tráfico de droga: PJ detém três pessoas no aeroporto da Praia
Uma cidadã portuguesa e uma angolana,
bem como um cabo-verdiano, foram detidos nos últimos dias pela polícia por
tráfico de droga e de ouro, indica, em comunicado, a polícia Judiciária de Cabo
Verde.
No comunicado, a Célula Aeroportuária
Anti-Tráfico (CAAT) cabo-verdiana adianta que as três detenções, feitas no
âmbito da operação "COCAIR 3", registaram-se em dias diferentes e permitiram a
apreensão de 340 gramas de ouro e de mais de 3.400 quilogramas de cocaína.
A CAAT, que integra a Polícia Judiciária,
Alfândegas, Polícia de Fronteira e Guarda Fiscal, prendeu os três suspeitos
durante inspeções aos voos da TACV e da Senegal Airlines, com destino a Dacar e
Lisboa, ambos provenientes de Fortaleza, Brasil.
"(Foram detidas) Duas mulheres e um homem,
naturais de Angola, Portugal e Cabo Verde, com idades compreendidas entre os 19
e 43 anos, residentes em Portugal e Brasil", lê-se no comunicado remetido à
agência Lusa.
Na posse dos detidos foram encontradas e
apreendidas 340 gramas de ouro, que se destinavam a Dacar, 2.233,8 gramas de
cocaína, provenientes de Fortaleza, e 1.035,3 gramas de cocaína com destino a
Lisboa, além de uma quantidade não especificada de haxixe ("cannabis").
Segundo a PJ cabo-verdiana, as peças em ouro e a
"cannabis" estavam escondidas na bagagem de mão e a cocaína estava dissimulada
no interior de latas de atum e também de uma peruca utilizada por uma das
detidas
Os detidas foram presentes ao Ministério Público,
que as apresentou ao Tribunal Judicial da Comarca da Praia, para um primeiro
interrogatório, tendo o juiz decretado que um dos detidos fosse sujeito a
julgamento sumário e os restantes dois aguardassem os ulteriores trâmites do
processo em prisão preventiva.
A 05 de setembro último, a PJ cabo-verdiana
deteve uma cidadã portuguesa no aeroporto da Cidade da Praia que, oriunda de
Fortaleza (Brasil), transportava alegadamente nove quilogramas de cocaína,
dissimulada na mala da passageira e destinada a Cabo Verde.
A cidadã portuguesa, de 18 anos, foi então
presente a tribunal, e foi-lhe aplicada prisão preventiva como medida de coação,
estando atualmente detida na cadeia de São Martinho, arredores da Cidade da
Praia, a aguardar julgamento.
A luta contra o tráfico de droga em Cabo Verde,
país considerado pelas organizações internacionais como plataforma de trânsito
para a Europa, atingiu o seu pico este ano com a operação "Lancha Voadora" que,
em outubro último, levou a apreensão, na Cidade da Praia, de tonelada e meia de
cocaína, entretanto já incinerada.

7-12-2011, 11:03:22Fonte: Agência Lusa/Expresso das
Ilhas

Polícia-comunitária na Praia

Polícia-comunitária na Praia 07 Dezembro 2011 A Polícia Nacional (PN) tem um novo método para combater a criminalidade na Praia: polícias-comunitários. São 40 agentes, divididos em oito grupos, que vão viver nos diferentes bairros da capital, fazendo parte da comunidade, no sentido, inclusive, de conhecê-la de dentro ou seja cada local, cada morador e detectar qualquer movimento suspeito ou sinal de perigo.Os bairros da cidade da Praia passam a contar agora com uma polícia diferente – os polícias da comunidade. Esta nova unidade, cujo comando funciona a partir da Esquadra de Eugénio Lima, dispõe de 40 agentes de piquete distribuídos por todos os bairros da capital, onde vão trabalhar durante 24 horas por dia na prevenção do crime, sobretudo em localidades problemáticas como Lém-Cachorro, Paiol, Moinho, Coqueiro, Eugénio Lima, Safende ou Tira-Chapéu.Esses já apelidados polícias de família, ao contrário dos agentes normais, estabelecem-se nas comunidades, mantêm contactos com os moradores, fazem o reconhecimento do local e de indivíduos suspeitos e reportam eventuais sinais de perigo às unidades de intervenção. Mas também podem intervir em pequenas rixas, discussão entre vizinhos e outra pequena criminalidade se a situação exigir uma pronta reposição da autoridade e da lei.À disposição desses polícias-comunitários a Polícia Nacional colocou quatro viaturas, equipadas com sistema GPS, o qual permite ao comando central saber o local exacto onde o veículo se encontra em caso de necessidade de intervenção imediata e reforço policial.Para a PN, este novo sistema de policiamento vem trazer mais segurança às comunidades, já que a sua presença constante nos bairros mais críticos da cidade permite às autoridades atacar o mal pela raiz. Violência doméstica, tráfico e consumo de droga, perturbação pública e delinquência juvenil são, à partida, os casos que poderão contar com a acção instantânea da PN, através desta nova unidade de patrulhamento, que, entretanto, funciona como uma polícia de proximidade na vigia, aconselhamento e inibição da pequena criminalidade que nos últimos tempos vem grassando na Praia.E a população suspira de alívio, por saber que pode contar com uma polícia mais presente e perto de casa.
07 Dezembro de 2011
Fonte: Jornal a Semana

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

INCRIVEL!! Acidente com 8 Ferraris, um Lamborghini e 3 Mercedes (COM VÍDEO)


Fotografia © REUTERS/Kyodo

A polícia japonesa investiga um acidente de trânsito na zona oeste do país que envolveu 14 carros de luxo, entre eles oito Ferraris, um Lamborghini e três Mercedes e que provocou 10 feridos ligeiros.

De acordo com a cadeia de televisão NHK, o acidente aconteceu no domingo, numa autoestrada da província de Yamaguchi quando o primeiro de um grupo de duas dezenas de carros de luxo que viajavam em "comboio" embateu no separador central.

Os condutores que seguiam no veículo tentaram, sem êxito, evitar o choque pelo que os veículos acabaram por chocar em cadeia.
Uma dezena de pessoas ficou ferida e transportada ao hospital. Não foram apurados ferimentos graves.
O diário desportivo Sports Nippon calcula em 300 milhões de ienes (2,87 milhões de euros) o prejuízo do acidente.

VEJA O VÍDEO DESTE APARATOSO E DISPENDIOSO ACIDENTE!

sábado, 3 de dezembro de 2011

WikiLeaks revela “indústria de vigilância” em grande escala

Assange está em Inglaterra, onde luta contra um pedido de extradição para a Suécia 
A WikiLeaks publicou nesta quinta-feira 287 documentos que indicam que dezenas de empresas vendem a Governos tecnologia para vigilância de pessoas, naquilo que a organização classifica como uma “indústria de vigilância” em larga escala.

O material publicado, a que a WikiLeaks chamou Spy Files, inclui, entre outros, catálogos e brochuras, apresentações, manuais de utilização, vídeos promocionais e um contrato (entre a Líbia e a empresa francesa Amesys).

“Publicámos 287 ficheiros a documentar a realidade da indústria internacional de vigilância em massa”, declarou aos jornalistas, em Londres, o fundador da WikiLeaks, Julian Assange. Citado pela agência AFP, Assange afirmou que esta indústria “vende equipamentos tanto a ditadores como democracias, para interceptar [as comunicações] de populações inteiras”.

Segundo o site criado pela WikiLeaks para apresentar os documentos, há empresas a vender equipamentos para “registar a localização de todos os telemóveis numa cidade, com uma precisão de 50 metros”, e software para “infectar todos os utilizadores de Facebook ou utilizadores de smartphone de um sector inteiro da população”. Para além disto, há quem venda vírus informáticos e outro software malicioso para ser instalado em computadores específicos, tecnologia de rastreamento por GPS e material para interceptar ligações de Internet.

Na lista de empresas a vender este género de tecnologia, estão alguns nomes conhecidos, como a HP, a Alcatel-Lucent e a Siemens, cada uma com uma apresentação de sistemas de vigilância. Por exemplo, na apresentação da Siemens – a um produto chamado Siemens Intelligence Platform e feita no Dubai em 2007 – a empresa pergunta: “Já alguma vez se questionou se a pessoa que viaja, para o seu país todos os meses no mesmo dia está a visitar a sede da empresa dela? Mas às vezes a data é um fim-de-semana...”

Entre os clientes estão países como a Líbia e o Egipto, mas também autoridades de países ocidentais, como a americana CIA. “Os Spy Files da WikiLeaks mostram mais do que os ‘países ocidentais bons’ a exportar para os ‘países maus em desenvolvimento’”, afirma a organização.

Esta fuga de informação é a primeira a desde que a WikiLeaks anunciou, no final do mês passado, estar a ter dificuldades de financiamento.

Os documentos surgem duas semanas após o americano Wall Street Journal ter publicado um trabalho de de investigação que revelava “um novo mercado global para tecnologia de vigilância pronta a usar”, que, de acordo com o jornal, tem vindo a crescer desde os ataques do 11 de Setembro.

Tal como fez com o caso dos telegramas das embaixadas dos EUA, Assange actuou em parceria com outras organizações. Os SpyFiles são uma colaboração com a organização Privacy International, com o Bureau of Investigative Journalism (ambos com sede em Londres) e com a OWNY (uma organização francesa especializada em jornalismo baseado em análises de dados).

Há também três jornais envolvidos: os italianos La Repubblica e L’Espresso, o americano Washington Post e o indiano The Indu. Nenhum dos anteriores parceiros de Assange (o NY Times, o Guardian e a Spiegel) participaram no projecto.
A WikiLeaks diz ter mais informação, que será divulgada a partir da próxima semana.

Fonte: O Publico

Estripador de Lisboa confessa-se ao SOL - veja o vídeo

 Assista ao vídeo onde José guedes confessa ser autor dos crimes.

Uma investigação de Felícia Cabrita permitiu descobrir aquele que se presume ser o chamado 'estripador de Lisboa', um assassino em série que em 1992 e 1993 matou três mulheres na capital. É dos casos que a Polícia Judiciária nunca conseguiu desvendar.

Um mistério com 20 anos
Trata-se de José Guedes, de 46 anos, na altura operário da construção civil e hoje desempregado, que habita em Matosinhos. Em resultado desta investigação, levada a cabo pela jornalista Felícia Cabrita, o suspeito foi detido há uma semana pela Polícia Judiciária, tendo ficado preso preventivamente por ordem do juiz de instrução, não pela prática desses crimes, que já se encontram prescritos, mas por ter ameaçado, numa mensagem telefónica, voltar a matar. Guedes declarou-se ainda ao SOL responsável pelo assassínio de mulheres na Alemanha, onde foi emigrante, e de uma outra em Aveiro, crime este ainda não prescrito.

A investigação do SOL inclui longas conversas com José Guedes. Nestas, este não só admitiu a prática desses crimes, revelando pormenores que não foram então divulgados publicamente e que o SOL confirmou junto das autoridades policiais, como revelou ainda o presumível assassínio de outras prostitutas tanto na Alemanha, onde foi emigrante em 1994, como em Aveiro, no ano de 2000.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jorge Carlos Almeida Fonseca trata-se de UM DOS GRANDES MESTRES EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL que Cabo Verde

Jorge Carlos Almeida Fonseca trata-se de UM DOS GRANDES MESTRES EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL que Cabo Verde.
por Pedro Rogério Delgado a Quarta-feira, 2 de Novembro de 2011 às 14:18JORGE CARLOS FONSECA DEVERÁ Tuesday, 24 August 2010 00:00- NOTÍCIAS DO NORTE JORGE CARLOS FONSECA DEVERÁ PROVAR-NOS QUE SE DEIXOU SEDUZIR POSSIVELMENTE PELO SEU AMIGO E PROF. FIGUEIREDO DIAS A DESFAVOR DE UMA ESTRUTURA BASICAMENTE ACUSATÓRIA COMO IMPOSTA PELA CR DE 92VIGENTE Pedro Rogério Delgado Quem nos dera ter maturidade como a do autor do Projecto do novo Código de Processo Penal, Mestre em Direito Penal, Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, sujeitando-nos à critica da comunidade jurídica e política, para que alguns aspectos do diploma legislativo fossem melhorados de sorte a que não houvesse restrição às garantias de defesa no processo penal. Como o legislador ordinário não é infalível, não nos parece que haja necessidade de revolução de textos legislativos como oCódigo de Processo Civil concebidos pelos juristas e ex-magistrados do STJ, como Dr. Henrique Borges e Eduardo Gomes Rodrigues, com experiência forense, em prol de tomada de decisoes judiciais que sejam legais e justas em tempo célere, sem o prejuízo de se proceder à sua revisão de acordo com as propostas de alteração por parte dos operadores da justiça em vista a modernização do nosso sistema juridico-processual pré-existente. Neste trabalho que nos propomos sugerir mudanças na lei processual penal para que haja o melhor exercício do amplo direito de defesa na Instrução conformado na Constituição de 92 em vigor, pretendemos destacar a originalidade de uma das teses do jurisconsulto indígena, Mestre em Direito Penal, Dr. Jorge Carlos Fonseca pela conformação da estrutura acusatória do processo penal, como um dos formuladores desta lei mãe, de moldea que a lei ordinária a flexibilizasse com a fase inquisitória emInstrução dirigida pelo MP, com o auxilio de órgãos de policia criminal,Policia Judiciaria e Policia Nacional, designadamente, que actuam na suadependência. Embora o jurisconsulto quisesse ir mais longe ao permitir que na fase Instrutora, compreendo a fase preliminar, semelhante ao antigo “inquérito policial” e a de Audiência Contraditória Preliminar(ACP), segundo a qual o juiz de instrução pronunciará o arguido ou ordenarao arquivamento da instrução por via de despacho de pronuncia, haja a quebra de segredo de justiça para viabilizar as garantias de defesa, ao combinar este principio especifico do Direito Processual Penal, comoexcepção ao principio do contraditório (art. 5 do Anteprojecto do Código),pergunta-se se ele foi traído pelo Governo/legislador com a sua não consagraçãono novo Código de Processo Penal, por um lado; por outro, se eledeixou-se seduzir pela tese do seu Prof. Doutor, Figueiredo Dias, autor do Anteprojecto do novo CPP luso, de que ate ao Debate Instrutório não pode o arguido ter a permissão de consulta aos autos para que a Defesa preparemelhor a sua argumentação de factos e de direito, em violação do principio da igualdade de armas entre a acusação e a defesa, a não ser, quando pretenda mover acção penal nos termos da lei, se lhe facultaa passagem de extracto, cópia e certidão de parte do acto processual. De todo o modo, é de indagar se o autor do Anteprojecto do novo Código poderá provar-nos que não houve a intenção deliberada de criar uma estrutura basicamente acusatória que contradiga com o próprio desejo do Poder Constituinte Originário (Assembleia Constituinte), de sorte a que, mitigando-se o principio do contraditório informando a realização do principio inquisitório, não permtisse o acesso ao conteúdo do processo-crime na fase em que o juiz de instrução emita despacho de pronúncia ou impronúncia, senão houver a ACP, ou até ao momento em que o juiz de julgamento designe o dia para a respectiva audiência de discussão de provas e julgamento. Mal-grado o legislador ordinário ter suspenso anorma do artº. 12 do novo CPP vigente, nos termos do qual “não poderá proceder ao julgamento do arguido que, no processo respectivo, tenha,contra ele, proferido despacho de pronuncia”, em razão de falta de magistrados que dividissem essas funções jurisdicionais em prol da efectividade do principio da imparcialidade da judicatura no processo acusatório, oque quer dizer que o juiz de instrução, que lhe tenha também aplicado umamedida de coacção pessoal, v.gr, de prisão preventiva, não venha julgá-lo na audiência de julgamento como juiz de julgamento, comprovando eventualmente a Acusação do MP. Jorge Carlos de Almeida Fonseca ensina-nos que“...É hoje indiscutível que o processo acusatório corresponda melhor auma concepção – tal como vazada na nossa Constituição – de Estado fundado natutela e reconhecimento efectivo dos valores da pessoa humana, o mesmo é dizerum Estado de Direito, ...já que o contraditório, aberto e livre, entre aacusação e defesa perante um juiz não vinculado na formação das sua convicção, garante a salvaguarda do seu direito de liberdade e a presunção de inocência até ao transito em julgado da sentença ..., para utilizar a expressãode G. BITTIOL”, adiantando que “ a estrutura basicamente acusatória, pois, que mais ajustado se nos afigura num incindivel sistema constitucionalizado de garantia do processo criminal que temos em Cabo Verde”. (Fonseca, Jorge Carlos de Almeida. Um Novo Processo Penal para Cabo Verde. Estudo sobre o Anteprojeto de novo Código. Associação Acadêmica da Faculdade de Direito de Lisboa.2003, p. 47/49.). Bastonário da Ordem dos Advogados de CaboVerde, Dr. Arnaldo Silva, assevera que a defesa feita por defensor é feita às cegas na Instruçao II –Todavia, é dizer que o novo CPP não garante à defesa o exercício amplo do direito de defesa, assegurado ao arguido, por a lei proibir na Instrução acesso ao conteúdo do processo de maneira que na ACP a acusação e a defesa se achem em pé de igualdade no debate instrutório. Com efeito, devemos salientar que o Bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, Dr. Arnaldo Silva, foi quem denunciou isto, em primeiro lugar, logo depois de verificar-se que os advogados andavam a fazer a sua defesa às cegas, pelo que, em seu entender, deveria proceder-se alteração ao Código. Não há duvidas de que o Bastonário da Ordem dos Advogados alertou-nos, portanto, para a constatação da realidade, nua e crua, à volta da problemática sobre a restrição às garantias da defesa no processo penal, ao ponto de despertar a nossa atenção para que adoptemos uma melhor estratégia de defesa dos interesses e direitos dos nossos constituintes, tendo identificado depois que a não obrigatoriedade da audição do indiciado em Auto de Interrogatório não Judicial de Arguido na presença do advogado constituído ou nomeado pela ordem dos Advogados ou juiz de instrução de sua livre escolha, permite ao órgãos de policia criminal obter em Instrução a confissão do arguido, ou seja, provas por métodos proibidos por lei (v.gr. tortura, coacção física ou moral, ofensa a integridade física) e psicológica, intromissão da correspondência, das telecomunicações, do domicilio ), sem que esse acto processual seja declarado oficiosamente ou por provocação da defesa pelo juiz de nulidade insanável com fundamento ede que, nos casos de fora flagrante delito, a assistência do defensor não é obrigatória (art.91/1, a)do CPP). O certo é que, na práxis forense, vem verificando-se, salvo melhor opinião, que a injustiça penal tem as suas causas mais à nascença de um Processo em Instrução , devido as confissões do arguido terem sido tomadas por tais métodos proibidos por lei, apesar de saber-se que não existem meios de defesa, como o recurso de amparo constitucionalque não admite a sua interposição nesta fase processual ou mandado de segurança brasileiro individual, de que pode dispor o arguido junto do tribunal superior, contra actos ilegais ou abusivos perpetrados pelos responsáveis da Policia, representantes do Ministério Publico, inclusive pelojuiz de instrução, para que lhe conceda um amparo ou segurança, aomesmo tempo ordenando que se tome declarações ao arguido nessas circunstâncias adversas. Crendo que, uma vez garantido ao arguido odireito de defender-se perante o seu defensor livremente escolhido por si, por via de edição de acréscimo à norma do art. 91/1, al. a) donovo CPP que permita também fora de flagrante de delito assistência obrigatóriado advogado, não se porá em causa a verdade interina jurídica em torno do objecto do processo na descoberta da verdade material desde a nascença do processo-crime que lhe for movido pelo MP, no exercício exclusivo da acção penal como manda a Constituição em vigor. Assim sendo, o juiz de instrução não iriana conversa do acusador que tem o ônus de provar e não ao arguido aexecução dos mandados de busca, apreensão e revista, emanados do juiz oudo MP ou por iniciativa própria das entidades policiais, subsidiariamente, noscasos permitidos pela lei, com vista a detenção do arguido e sua submissão dentro de 48 horas ao juiz para tomada de uma medida de coação pessoal eou de garantia patrimonial, em busca da melhor decisão e justa da causa. Se continuar a tomar-se assim declarações por violação da Constituição que obriga as entidades policias a comunicarem aos familiares da detenção do arguido para que este sejaouvido em todos os actos processuais perante um defensor, “a estrutura basicamente acusatória”, como pretendia o jurisconsulto, Jorge Carlos Fonseca,será cada vez mais comprometida sobremaneira aos olhos do Governo/ legislador,data venia, que, ao abrigo da autorização legislativa concedida pela Assembleia Nacional, na sua competência relativa, poderá atender à filosofia do novo Código de Processo Penal, como idealizado pelo PoderConstituinte, sob pena de o arguido não deixar de ser objecto parapassar a ser o sujeito do processo acusatório.
Advogado, inscrito na Ordem dos Advogados de CaboVerde, sob a Ced.Prof.063/01 _____ Comentário à margem: . Jorge Carlos Jorge Carlos Almeida Fonseca trata-se de UM DOS GRANDES MESTRES EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL que Cabo Verde produziu até ao momento, de entre outros. O malogrado, ex-Procurador-Geral da República (I) Manuel Duarte, revelou-se pela sua tese de licenciatura (equivalente ao mestrado)- partes Beneficiárias, ao nível do Direito Comercial. De igual modo, Baltazar Lopes, que deu preferência à filologia, seria grande Doutor em Direito, se optasse pelo Direito. Embora certos Delgado tenham “constelada” dos Duarte ou Lopes da ilha de São Nicolau, talvês tenha sido razoável leitor deles, não me parece que chegarei aí, como outrem. O certo que o meu irmão Manuel Delgado, investigador, na área de Engenharia Electrotécnica tenha mais costela dos Santos, uma vez que Santo Antão vem produzindo muitos engenheiros. DEVO DIZER-VOS QUE GOSTARIA QUE JORGE CARLOS DE ALMEITDA FONSECA FOSSE O MEU PROF. DE DIREITO NA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL MINAS GERAIS. SE AINDA NAO FEZ DOUTORAMENTO EM DIREITO PENAL, É PORQUE PREFERIU FAZER MAIS POLÍTICA DO QUE O PROFESSORADO, SENÃO NÃO SERIA AGORA O NOSSO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
Fonte: Noticías do Norte/Advogado Pedro Delgado

Proposta de alteração ao CPP (nulidade insanável, do artº. 151) -due process of law

Proposta de alteração ao CPP (nulidade insanável, do artº. 151) -due process of law por
Pedro Rogério Delgado a Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011 às 13:53
“Nulidade insanável, ex vis do artigo 151 do Código de Processo Penal (ou luso), quando se viole norma, segunda a qual a ninguém pode ser decretado medida de coacção pessoal, sem precedido de constituição de um cidadão em Arguido fora de flagrante delito e/ou sem assistência do seu defensor ou sem existência de um processo penal em curso. (PRD)nguém poderá ser decretado medida de coacção pessoal(v.gr. prisão preventiva), sem precedido de constituição do Arguido, fora de flagrante delito e/ou sem assistência do defensor e(ou sem existência de um processo em curso (due process of law". "Ninguém poderá ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal" artº. 5, LIV da Constituição brasileira por Pedro Rogério Delgado a Quinta .Duarte Lima detido no domínio de um proc. em inquérito que lhe move o Ministério Público por crime de branqueamento de capitais, de burla, v.gr.DETIDO FORA DE FLAGRANTE DE DELITO COMO SE FOSSE APANHADO COM BOCA NA BOTIJA – VIOLAÇÃO DO “DUE PROCESS OF LAW”, DO DIP GERAL OU COMUM ÀS NAÇOES CIVILIZADAS O que a justiça portuguesa não deveria fazer era detê-lo sem que fosse constituído arguido em processo em fase preliminar (equivalente a Instrução em Cabo Verde) -preliminar, na esteira do Prof. Doutor, Germano Marques da Silva. Falha a Justiça lusa, em quem se deveria confiar mais do que a brasileira, em o deter, como se tivesse cometido os alegados crimes de branqueamento de capitais, burla, v.gr., em flagrante delito. Embora subjacente ao facto eventual motivação politica por detrás disto, e de repudiar a violação do principio do devido processo legal (due process of law) ( principio geral do direito, do DIP, internacional publico geral ou comum as nações civilizadas, constante da CR de Portugal, ao não ser constituído o advogado, Dr. Duarte Lima, em Arguido primeiro. Nisso, violou-se o principio do contraditório, em não assegurá-lo o direito a defesa com a preterição de não ser ouvido no Auto Interrogatório não judicial perante o seu defensor. Nulidade insanável, ex vis do artigo 151 do Código de Processo Penal (ou luso), quando se viole norma, segunda a qual a ninguém pode ser decretado medida de coacção pessoal, sem precedido de constituição de um cidadão em Arguido fora de flagrante delito e/ou sem assistência do seu defensor ou sem existência de um processo penal em curso.nguém poderá ser decretado medida de coacção pessoal(v.gr. prisão preventiva), sem precedido de constituição do Arguido, fora de flagrante delito e/ou sem assistência do defensor e(ou sem existência de um processo em curso (due process of law".O Prof. Germano Marques da Silva ensina, no seu livro Curso de Processo Penal, que “a inexistência de um processo em curso constitui fundamento para “impetração” do habeas Corpus para o STJ, do despacho que decreta a prisão preventiva. Na esteira desta lição, entendemos, salvo melhor entendimento que, a não detenção fora de flagrante delito de um cidadãos em que tenha constituído arguido previamente em Proc. de Inquérito (Instrução) constitui violação do “due process of law”, segundo o qual as decisões devem ser tomadas, de acordo com as regras processuais, do DIP internacional, aplicável directamente na ordem jurídica, nesse sentido.Daí sugerir aos lusos e cabo-verdianos que, por uma melhor reforma do Código de Processo Penal, a favor da Liberdade, introduzem nos Códigos de Processo Penal de Portugal e Cabo Verde a norma consagradora de nulidade insanável (como no nosso artº 151 do CPP indígena) segundo a qual será sancionada como tal quando se tome decisão relativamente às medidas de coacção pessoal e de garantia patrimonial por violação de normas de processo. ______http://aeiou.expresso.pt/a-greve-geral-nao-vai-resolver-nenhum-dos-problemas-nem-e-alternativa=f689677 PORTUGAL TEM QUE DAR EXEMPLO AO MUNDO QUE NÃO PODE ORDENAR A PRISÃO DE ALGUÉM FORA DE FLAGRANTE DELITO, SEM QUE PREVIAMENTE TIVESSE SIDO CONTIDOS ARGUIDO NA PRESENÇA DO SEU DEFENSOR. GARANTIAS DE DEFESA-DIREITO À DEFESA E DUE PROCESS OF LAW- do devido processo legal, mais importantes que legalidade O "due process of law" de um princípio geral do Direito (Natural), do DIP geral ou comum às "nações civilizadas" " deve ser entendido como aplicável directamente na nossa ordem jurídica (quer em Portugal quer em Cabo Verde).Os Profs do Direito Internacional Público. Ngu, Qioc Dinh Patricl Dullier e Alain Pellet ensinam que “só podem ser transportes para a ordem jurídica internacional os princípios comuns aos diferentes sistemas jurídicos nacionais (…), adiantando que “é necessário e suficiente que um princípio interno se verifique na maior parte dos sistemas jurídicos, não em todos”.Por isso, não vemos as razões por que não se valer de analogia (heterointegração de lacuna em sede dos nossos Códigos de processo Penal) no sentido de legitimar-se a doutrina ou jurisprudência pela violação manifestamente de normas de processo relativamente à tomada de medida de coacção pessoal e ou de garantia patrimonial pelo juiz de instrução, tendo em conta a prévia constituição de Arguido por indícios fortes da pratica de um crime, v.gr.Nos autos de processo-crime movido pelo Ministério Público/Shell Cabo Verde, ao Orlando Ramos, por alegado crime de abuso de confiança, nos levantamos esta questão em Contestação à Acusação como prévia no sentido de declarar o juiz de julgamento a extinção de “todo o processo”, para usar a linguagem brasileira, se e na medida em que se poderia estipular que constituiria nulidade insanável do 151 do nosso CPP, quando se prendesse alguém, como é o caso “sub judice “ sem que houvesse previamente um processo em investigação.Embora não se reconheça em matéria de normas sancionatórias analogia ou interpretação extensiva, ela foi invocada no sentido de coibir discricionariedade e arbitrariedade na detenção de cidadãos fora da lei - ilegalidade que não constitui nulidade insuprível a favor de que exerce o poder de punir em confronto com “princípios do direito à defesa, da liberdade sobre os quais assenta os alicerces do Estado de Direito Democrático” (Humberto Theodoro Júnior); quiçá, ad futurum , os operadores da justiça reclamarem em sede do CPP a estatuição de nulidade insanável por violação do “due processo of law” a favor do arguido.________· NINGUÉM SERÁ PRIVADO DA SUA LIBERDADE E DE SEUS BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL- Artº. 5. da Constituição brasileira O conteúdo do princípio da legalidade abrange não apenas o respeito da lei, em sentido formal ou em sentido material, mas a subordinação da Administração Pública a todo o bloco da legalidade (Hauriou, a saber: a Constituição, alei ordinária, a lei regional, o regulamento, os direitos resultantes de contrato administrativo constitutivo ou de acto administrativo constitutivo de direito e, no lugar adequado que for o seu, OS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO, BEM COMO O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO QUE VIGOR NA ORDEM JURÍDICA-ensina o administrativista luso, Jorge Manuel Coutnho de Abreu, citando o Prof. Doutro Diogo Freitas do Amaral.há 18 horas · Nessa ordem de ideia, pode valer-se do DIP geral ou comum às nações civilizadas- due process of law, ao caso concreto do Dr. Lima Duarte, de maneira que seja determinado este princípio geral do direito (natural), aplicável directamente no domínio do Código de Processo Penal, face à detenção fora da lei (do devido processo legal) - de DUARTE LIME SEM QUE PREVIAMENTE TIVESSE SIDO CONSTITUÍDO ARGUIDO NA PRESENÇA DO SEU DEFENSOR, A SEU FAVOR, SE E NA MEDIDA EM QUE A DECISÃO JUDICIAL DEVE SER TOMADA DE ACORDO COM AS FORMALIDADES LEGAIS.há 18 horas · GostoPedro Rogério Delgado o processualista brasileiro Prof. da Faculdade de Direito da UFMG, Humberto Theotoro Júnior , ensina que "a justa composição da lide só pode ser alcançada quando prestada a tutela jurisdicional dentro das normas processuais traçadas pelo Direito Processual Civil, das quais É DADO AO ESTADO DECLINAR PERANTE NENHUMA CAUSA (Constituição, artº 5. LIV e LV) (In Curso de Direito Processual Civil. 22-Princípios informativos do processo: o princípio do devido processo legal. Editora Forense, p. 27.1990.há 18 horas · GostoPedro Rogério Delgado O Supremo Tribunal de Justiça brasileiro tem interpretado a garantia do princípio do devido processo legal "Em nome de segurança jurídica o princípio mior do "du process of law" reclama observância do procedimento regulado em lei, não sendo dado ao judiciário tomar liberdades com ele inadmissíveis" R.Esp2835 -RS 4T.Rel.Minis.Silvio de Figueiredo, ac 040990 in Lex-JurSTJ, 20/1342(IN Revista da Faculdade de Dieito da UFMG.Belo Horizonte.V35.1995.há 18 horas · GostoPedro Rogério Delgado DEFLUI,DATA VENIA, QUE DUARTE LIMA FOI DETIDO COMO PRESO POLÍTICO Á MANEIRA DA PIDE/DES -DITADURA DA ERA DE SALAZAR.há 18 horas · GostoPedro Rogério Delgado No artigo intitulado "O devido processo legal e o Estado de Direito Democrático -Ministério Público não pode ser instrutor de processo disciplinar administrativo, de minha autoria foi publicado pelo Jornal Horizonte, a pág.16, de 20 de Julho de 2000, citei o nosso Prof. da Faculdade de Direito da UFMG, doutor em Direito-desembargador do TJMG e advogado, Humberto Theodoro Júnior como nos ensinava magistralmente o que é due process of law (devido processo legal).há cerca de uma hora · GostoPedro Rogério Delgado Como sucede no nosso ordenamento jurídico-constitucional (artº. 12/1 e 210/4 da CR), a Constituição Federativa do Brasil consagrou o princípio do devido processo legal. Esta prescreve, através do artº. 5-LIV, de forma mais ampliativa que "Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal" , em relação à nossa CR que só se aplica em processo em que esteja em jogo a intimidade da vida priva, designadamente. O que quer dizer que Cabo Verde deve avançar no sentido de uma legislação e jurisprudência no sentido brasileiro, de forma a que em processo penal o arguido não seja privado da sua liberdade, por via de despacho que decreta a medida de coacção pessoal de prisão preventiva, tomada pelo juiz de instrução sem que seja precedido de constituição de arguido em fora de flagrante delito, ou "sem que haja um processo em curso" (Cfr. ensinamento do Prof. luso, Germano Marques da Silva. Na sua obra "Curso de Direito Processual Penal à p. 325, Germano Marques da Silva ensina que "..."Efectivamente, se o juiz ordenar uma prisão preventiva por facto punível com pena de prisão que não seja superior a três anos, a prisão é motivada por facto pelo qual a lei não permite, como seria ilegal, seja qual for o facto invocado, quando ordenada sem que haja um processo em curso.há 56 minutos. Deflui da última parte da doutrina do penalista luso, a proibição de tomada de medida de coacção extrema - prisão preventiva, se ela não for precedida da existência prévia de um processo-crime em inquérito (no nosso CPP, em Instrução) a ser dirigido pelo Ministério Público com auxilio do órgão de polícia criminal - Polícia Judiciária. Embora o CPP luso e cabo-verdiano não tenham consagrado a violação de normas relativas que cominem de nulidade insanável, quando o juiz de instrução decrete a prisão preventiva por ilegalidade (due process o law) com fundamento em "não observância do procedimento regulado em lei" processual penal, é de reconhecer-se que a doutrina do Prof. Germano Marques da Silva é própria das nações civilizadas que respeitam os princípios gerais do DIP geral ou comum, sob pena de os nossos países serem considerados "selvagens", data venia.há 44 minutos · GostoPedro Rogério Delgado O processualista brasileiro reputado, Humberto Theodoro Júnior, citando Hector Jorge Escola ", no seu trabalho "Âmbito de Aplicação de la legislacion de Procedimento Administrativo", que realçava "o que o "o que a Carta Magna (do Brasil) assegura, enfaticamente, é o devido processo legal com todos os predicados que a história do constitucionalismo universal conseguiu construir ... ", disse em jeito de conclusão na sua obra citada às pgs. 59 que "A colocação do procedimento administrativo sob o império de leis formais, além de ser o único meio de cumprir o mandamento constitucional "due process of law" é o FIM DA DISCRICIONARIDADE E DA ARBITRARIEDADE, num terreno onde se jogam valores importantíssimos em conforto com o Poder, como liberdade, nome e património. (...)
Fonte:«Advogado, inscrito na OACV, sob a Céd. Prof. 063/01
Licenciatura (Bacharel) em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Minas Gerais, Brasil
email: pedror.delgado@hotmail.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Homens portugueses assumem infidelidade

Sexo: Estudo indica que 42,5% traem parceiras

O sexólogo Júlio Machado Vaz aconselha cautela, até porque o inquérito foi feito por telefone. 'Uma coisa é responder numa folha de forma anónima, outra é estar a falar com alguém. É sempre de desconfiar destes resultados', disse ao CM. As mulheres tendem a responder menos, com 20,2% a integrarem a categoria ‘não sabe/não responde’, contra apenas 4,7% dos homens. 'Entre essas mulheres que não respondem é de crer que muitas traíram', diz Machado Vaz.
Ainda assim, a maioria dos homens (52,8%) garante que nunca foi infiel, número que entre as mulheres sobe para 64%.
Quanto à frequência com que se pratica sexo, entre os homens 9,7% respondem 'diariamente' e 59,5% '2-4 vezes por semana'. No caso das mulheres, os números descem, respectivamente, para 6,8% e 30,9%. Entre elas, 33,8% não respondem, contra apenas 15,2% de homens. 'A máxima segundo a qual os homens defendem a honra falando e as mulheres calando continua actual', conclui Machado Vaz.

Homens portugueses assumem infidelidade

Um em cada quatro homens portugueses (24,6%) trai regulamente a sua parceira, enquanto entre as mulheres apenas 6% dizem ser infiéis com frequência. Há ainda 17,9% de homens que dizem trair ‘raramente’, o que dá um total de 42,5% que assume a infidelidade. Já entre as mulheres, só 15,8% (6% 9,8%) o assumem. Estes dados resultaram de um estudo elaborado pela Eurossondagem para o canal Odisseia, a propósito da série documental ‘Melhor Sozinho ou Acompanhado?’, que estreia dia 6 de Fevereiro.