Diz o velho ditado, que a primeira impressão é a que fica. No crime, esta teoria não funciona! Quando o facto criminoso acontece, a primeira preocupação deve ser a de não aceitar como verdadeira a primeira versão recolhida no local do evento, porque no curso da investigação, outras versões poderão surgir.
Na realidade, na grande maioria dos casos, a impressão inicial é falsa ou no mínimo controversa, levando o investigador incauto, a cometer graves erros se a seguir, facto este, que só descobrirá tarde demais, ou seja, quando o caso esfriou, descobriu que afinal o caminho a seguir, não era o daquela pista, perdendo importantes ligações e até a oportunidade de solucionar o caso com maior eficácia.
É imprescindível fazer uso da ética e da técnica profissional, duvidando de tudo e de todos, tendo a perspicácia de ir retirando as pistas mais prováveis de dentro de um emaranhado de provas e contra-provas, baseado em indícios, informações e até de exames pericíais realizados.
Nunca é demais o cuidado de verificar na fonte, a informação fornecida pelos suspeitos, testemunhas e até pelas vítimas, além de fazer uma completa investigação sobre todas as pessoas envolvidas no crime, para que se possa, somando os dados obtidos, avaliar com maior rigor a equação apresentada.
Na mente de um investigador, nunca deve permanecer a primeira impressão. Deve sim, ser ela, cuidadosamente registada com imparcialidade, sem nunca deixar de lhe dar a importância devida, face a que toda a regra tem excepção.
É portanto de suma importância, o bom senso do investigador ao analisar todos os dados que recolhe, evitando permitir que conceitos ou sentimentos pessoais, destruam indícios que se venham revelar de extrema importância para o caso investigado.
A personalidade do investigador terá que ser algo tão sólido que, ainda que contra os seus próprios conceitos, permita a aceitação do real conceito da ocorrência, seja ele o mais absurdo possível.
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